Um retrato do mundo atual.

Achei essa imagem muito interessante. Ela traduz com exatidão a atual situação do ser humano, todos nós. Cada um em seu deserto, seu mundinho, publicando tudo nas redes sociais, e em compensação, completamente isolado por fora.
Não é que estamos isolados de fato. É lógico que não, raras pessoas vivem dessa forma. Vivemos em grupo, interagimos com um número X de pessoas todos os dias, seja na vida real ou virtual. A questão é que existe uma tendência muito perigosa nesse mundo tecnologicamente evolutivo.
As pessoas estão ficando cada vez mais aprofundadas no mundo virtual, e cada vez mais desconexas de si mesmas. E é engraçado, porque quando comento isso com algumas pessoas, elas dizem assim “É verdade Carol, mas eu não me ligo muito em celular, Facebook.... Só uso de vez em quando, isso não me dominou não”. Aí é que tá, você que pensa. Será que hoje conseguiríamos ficar mais sem celular? Não diria sem celular, mas sem internet no celular?
Pois é, se a sua resposta foi “não”, assim como a minha, sim, estamos dependentes do mundo virtual. É como uma grande teia de aranha que vai envolvendo cada vez mais os seres humanos e destruindo a capacidade deles de se relacionarem consigo mesmos. Não estou dizendo que devemos ser radicais, nos separarmos da internet e vivermos na pré-história. Não, pelo o contrário. É extremamente necessário nos relacionarmos com a internet, eu mesma vivo no Face publicando eventos que participo, com o intuito de divulgá-los e fazer com as que as pessoas saibam de programas interessantes. Mas devemos tomar muito cuidado com os efeitos da era “internética”. Se não cuidarmos, ela nos deixa vazios, rasos, superficiais. É mais ou menos assim: como a internet é muito dinâmica e nós podemos nos relacionar com várias coisas ao mesmo tempo de forma muito rasa, muito "por cima", acabamos transpondo esse tipo de relacionamento para as pessoas também.
O mundo tem caminhado em uma direção muito obscura. Pessoas vazias, que não se conhecem por dentro, que não se relacionam consigo profundamente, e que, por consequência, não se relacionarão profundamente com ninguém. Já cansei de repetir isso milhões de vezes, mas já reparou na superficialidade e quantidade das relações hoje? A quantidade é enorme, mas todas superficiais, rasas! As pessoas não conseguem mais se relacionarem profundamente umas com as outras, meu Deus! Isso ainda me CHOCA sim! A gente se relaciona de forma mais profunda com o Whats App do que com alguém que acabamos de conhecer! Para tudo!!!
Para onde está indo esse mundo todo? Para o abismo. Mas fico tranquila com relação a isso, pois um dia todos nós vamos nos cansar dessa superficialidade toda. Fico feliz também por ver pessoas que andam no fluxo contrário. Sim, dessas pessoas gosto muito de falar. São pessoas diferentes, nem melhores e nem piores do que ninguém, apenas diferentes. Pessoas que ainda se relacionam profundamente consigo mesmas e com o mundo, que apesar de terem Facebook, Whats App, e de postarem muitas coisas, como qualquer mortal, ainda são seres humanos, de fato. A gente consegue identificar essas pessoas, elas sentem as coisas de forma diferente. Elas sentem as coisas na essência, pois se relacionam de maneira profunda com cada uma delas, incluindo pessoas.
Não vou escrever mais, estou cansada. Vou viver um pouco o mundo real.