Mudar ou não mudar, eis a questão.

Já parou pra pensar em um paradoxo que temos internamente? O paradoxo da mudança. Ao mesmo tempo em que constantemente desejamos mudança, mudança, mudança, quando ela chega, ficamos estáticos, indecisos, sem saber direito se queremos aquilo ou não.

Por exemplo. Uma mulher que anseia por um namorado. Quer, quer, quer, e não consegue. Aí, de repente, os céus enviam um cara super legal, atraente, inteligente, maduro, com as condições ideais, e que a pede em namoro. Daí (acredite!!), ela fica em dúvida se quer ou não namorar! Simmm!! Ela fica pensando “Será que é isso mesmo que eu quero? Será que estou pronta para assumir este compromisso? Será que esse é o cara certo?” E é natural, afinal de contas, namoro implica em uma mudança notável de rotina, e ela também tem seus medos, suas inseguranças, suas dúvidas se aquilo vai dar certo ou não. Isso também vale para o inverso (o homem quando vai namorar).

Ou então no emprego. Queremos porque queremos mudar de emprego! Está um saco, não aguento mais, quero trabalhar em outro lugar!! Envio dezenas de currículos, arranjo contatos, e de repente surge uma entrevista! E da entrevista, uma contratação! A moça do RH liga e diz “Você foi selecionado! Quando começa?” Aí vem aquela dúúúvida, aquele apeeerto no coração, tipo: “Ai meu Deus, e agora? Vou ou não vou?” É claro que existem casos em que não restam dúvidas (rs), mas muitas pessoas ainda ficam.

Na verdade, é como se ansiássemos pela mudança, mas quando temos a faca e o queijo na mão (as ferramentas) para realizá-las, paramos no tempo, congelamos. E agora, mudo ou não mudo? Eis a questão. Pois bem. Existe um ritual de três passos que eu costumo fazer diante dessas situações.

Em primeiro lugar, peço opinião de pessoas nas quais eu acredito que desejam o meu bem, tipo minha mãe, minha irmã, algum amigo próximo. Apenas peço a opinião, só para ter pontos de vista. Em segundo lugar, peso sentimento e razão. Sim, porque os sentimentos às vezes nos confundem e levam a lugares errados, e a razão também precisa ser ouvida. Em terceiro e último lugar, reflito com base nos passos anteriores e tomo minha decisão com relação à mudança. Ah, e se você tem alguma crença particular (religião, ou simplesmente acredita em Deus), também considero fundamental colocar a situação diante Dele e pedir a benção.

E se der certo ou errado? Bom, tenho uma notícia pra você. Independente da decisão que você tomar, o Universo vai trabalhar baseado no que você decidir. Então não resta alternativa, decida e veja o que o Universo vai lhe entregar de volta. Se for algo bom, ótimo. Se for algo ruim ou não como você esperava, sim, terá que lidar com isso. Pode sofrer, chorar, se arrepender, mas se a nossa vida fosse perfeita, não estaríamos nesse planeta. Esse planeta foi feito para se aprender, se evoluir, então a dor é necessária. Como tenho certeza disso? Pretendo falar sobre "dor" em um outro texto, onde mostrarei o posicionamento de um grande sábio com relação a ela, mas não vem ao caso agora.

Bom, fiz esse texto a pedido de uma pessoa que o Universo colocou na minha vida para que eu pudesse mostrar o melhor que eu tenho de mim. Renan, obrigada pela sua amizade, ela é algo que me faz sentir acolhida. Um beijo!